Diário do Mercado, na 6a. feira, 17.06.2016
“Brexit” concedeu trégua aos mercados
O Ibovespa encerrou aos 49.533 pts, em alta de 0,25%, em dia da “zeragem” do vencimento de opções sobre ações, que ocorrerá na próxima 2a. feira, 20.06, acumulando +0,23% na semana, +2,19% em junho, +14,27% no ano e -7,00% em 12 meses.
Preliminarmente, o favorável giro financeiro da Bovespa foi de R$5,95 bilhões, acima da média de junho (até dia 16, excluído o dia de vencimento de Índice), em R$ 5,54 bilhões, mas, abaixo da média de maio, de R$6,62 bilhões.
No dia 15 - último dado disponível, a Bovespa registrou retirada líquida de -R$ 195,712 milhões de capital estrangeiro, com saldo positivo, agora, de R$ 473,39 milhões em junho e de R$11,95 bilhões em 2016.
A 6a. feira foi marcada pela redução do temor global com a saída do Reino Unido da União Europeia. Ontem, com a morte da parlamentar britânica Jo Cox, foram suspensas as campanhas em torno do referendo. Há apenas cinco dias do certame, as discussões giram em torno de um possível adiamento do mesmo.
No cenário doméstico a bolsa abriu em alta, porém, às 10h23h atingiu o máximo de 1,57% e em seguida alinhou-se ao mercado norte-americano, fechando o dia em leve alta, assim como o S&P 500.
Pelo quarto dia seguido, o dólar encerrou em queda ante o real, com baixa de -1,42% aos R$ 3,416, e com forte movimento de reversão de posições compradas, resultado da menor aversão ao risco no exterior. Apesar da sequência de baixas, a divisa norte-americana acumulou valorização de 5,68% no mês e
16,02% no ano.
Entre os indicadores, o IGP-M subiu 1,33% na segunda prévia de junho, ante avanço de 0,68% na segunda prévia do mesmo índice de maio, conforme a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A Fipe, por sua vez, elevou sua projeção de IPC de junho, de 0,48% para 0,52%, dadas as altas surpreendentes do feijão (12,34%), do leite (7,13%) e da batata (15,53%) no índice da segunda quadrissemana, que ficou em 0,40%.
Como resultado, os juros apresentaram recuo nas pontas média e longa e leve aumento na ponta curta, refletindo a preocupação com o acirramento da inflação no curto prazo e perspectiva de melhora do cenário macro nos próximos anos.
Quanto aos juros nos EUA, em movimento de realização de lucros, houve elevação dos rendimentos, com consequente queda nos preços das T-notes. O juro da T-note de 2 anos avançava a 0,692%, de 0,665%, enquanto o yield da T-note de 10 anos subia a 1,610%, de 1,583% as 17hs.
Por fim, as commodities também se aproveitaram da trégua nos mercados: na Nymex, o contrato de petróleo WTI para julho fechou em alta de 3,83%, a US$ 47,98 por barril, mesmo com o aumento dos estoques da matéria-prima nos Estados Unidos.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento
do mercado financeiro, na 6a feira, 17.06.2016